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Sobre o Museu
Chegando em Wolfsburg, fomos direto ao AutoMuseum. Inaugurado em 1985 e reformado duas vezes (em 2001 e 2007) o museu é a primeira das duas atrações para amantes de carros em Wolfsburg. A outra é a maior e mais famosa Autostadt.
A propriedade está instalada em uma antiga fábrica de roupas e é especificamente dedicado à história da VW. Desde 1992 é operado por uma fundação de caridade, que dá o nome completo: Stiftung AutoMuseum Volkswagen.
Lá ficam cerca de 130 automóveis, espalhados em 5.000m², que contam bastante da história da indústria automotiva, sob a perspectiva alemã da Volkswagen.
Já do lado de fora vemos alusões aos dois principais modelos da montadora alemã nas janelas: Fusca (ou Käfer, em alemão) e Golf.
O AutoMuseum fica aberto de terça a domingo, das 10h às 5h. Nós o visitamos numa quarta-feira e o local pareceu ser bem pacato – dividimos o lugar com outros 5 ou 6 visitantes.
A entrada custa 6 euros por adulto, com direito a um pin de brinde. Famílias e grupos pagam mais barato. Ver mais informações no site oficial.
Na entrada um pequeno display com miniaturas e outros produtos da marca. Os preços são relativamente salgados, mas é só não converter que dá pra levar alguma coisa ;)
Vale lembrar que, pra quem seguir este roteiro, é melhor deixar pra comprar lembranças na gigante Autostadt, onde existe uma variedade muito maior de produtos da VW, bem como das outras marcas do grupo.
Em seguida um corredor conta momentos marcantes da história da montadora alemã. A inauguração da primeira fábrica brasileira, em São Bernardo do Campo, faz parte desta linha de tempo.
No fim do corredor, antes do salão principal, o painel de um antigo Fusca dá as boas-vindas.
Conforme os desenhos que vimos na fachada, os modelos com mais exemplares no espaço são Golf e Fusca. Começamos pelo sentido anti-horário, onde estão os carros mais modernos, refrigerados a água, e alguns conceitos.
Golf, o VW que superou o Fusca nas vendas
Entrando a direita, Golfs de várias gerações e versões.
As duas primeiras gerações do Golf não chegaram a vir oficialmente para o Brasil, mas foram sucesso na Europa. Entre os carros, está exposto o protótipo EA 276, que deu origem ao carro.
O Golf Mk1 foi vendido como o Volkswagen Rabbit nos Estados Unidos e Canadá, e como a Volkswagen Caribe, no México. A versão Montana antecipou os aventureiros urbanos, tão comuns hoje em dia.
Os primeiros Golf a virem oficialmente pro Brasil foram da 3ª geração. Alguns modelos bem próximos dos que tivemos por aqui estão expostos, além de uma versão perua, que nunca veio.
É possível também conhecer de perto exemplares especiais e de competição.
Pros fãs do carro, um interessante momento da visita: partes da dianteira de cada uma das 7 gerações estão expostas em uma das paredes.
Passat, modelos conhecidos por aqui, mas não exatamente
O projeto que deu origem ao Passat não era tão bonito quanto o resultado final.
Já o primeiro Passat alemão era bastante parecido com o nacional, com exceção da dianteira. Na primeira geração do Passat brasileiro, os faróis redondos eram mais harmoniosos, concordam?
Um dos carros que mais chamou minha atenção foi esse Passat GTI azul – único exemplar no mundo. O motor é um 1.6 injetado com 110cv.
Já o modelo que representa a 2ª geração do Passat é uma perua. Por aqui, ficou conhecida como Santana Quantum.
Dica: Fãs das Station Wagon, vale a pena curtir a página Save The Wagons / Salvem as Peruas no Facebook.
Da 3ª geração, o Passat B3 é estampado com vinil transparente com os milhares de nomes dos funcionários da Volks na época.
Scirocco, um sonho pessoal
Dos “nem muitos, nem poucos” carros que gostaria de ter, o Scirocco é um deles. Os meus favoritos são os esportivos da 2ª geração, como o GT das fotos abaixo.
Outros modelos
Como não poderia faltar, outro sucesso da VW: o Polo.
A primeira versão do Jetta era bem menor do que o atual. Como não lembrar do nosso Voyage?
Existem alguns Corrado no Brasil. Considero um belo carro.
Protótipos e carros-conceito
O Chicco (“pequeno” em espanhol) foi a primeira tentativa da VW de fazer um carro super-compacto, em 1975. Com a crise do petróleo, o importante era a economia. O motor era um 3 cilindros de 900 cm³, com potência de 40 cv, capaz de levar o modelo de apenas 650kg à velocidade de 130 km/h.
Anos depois, no Salão de Frankfurt de 1991, a VW apresentava o novo carro-conceito Chico, agora com apenas um “c”. As linhas arredondadas são típicas dos anos 90.Me lembro muito de ver este carro nas revistas especializadas na época. Interessante sabre que o carro era híbrido, tendência nos dias de hoje. O motor elétrico de apenas 8cv auxiliava a unidade a gasolina, de dois cilindros, 636cm³ e 34cv.
Diversoso carros-conceito. Dificilmente você verá um destes carros se não for a Wolfsburg. Clicando nas fotos, você tem mais informações sobre cada um.
Na area dos conceitos, está o ARVW (Aerodynamic Research Volkswagen), construído no final dos anos 70 para pesquisas aerodinâmicas da empresa. Em 1980 foi o carro a diesel mais rápido do mundo, atingindo a velocidade máxima de 362,07 km/h.
Apesar de ser bastante completo, senti falta de ver pelo menos um modelo de dois carros nacionais, que não são 100% VW, mas que merecem seu lugar na história da marca: Apollo e Logus. Poucos visitantes devem conhecê-los.
Na continuação da nossa visita a Wolfsburg, os modelos com mecânica mais antiga, os adorados aircooled que estão expostos na AutoMuseum…
Continua: Ida a Wolfsburg 3/10 | AutoMuseum Volkswagen – Refrigerados a ar –>
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