Por uma feliz coincidência, chegamos ao AutoMuseum durante uma exposição especial – a Kafer Im Sportdress, ou em bom português “Fusca em Traje Esporte”. Dedicado ao aniversário de 60 anos do clássico e elegante Karmann Ghia, o evento contou com modelos esportivos da Volkswagen. Entre eles, 5 brasileiros!
- Banner explica em alemão a mostra especial
- Visão geral dos carros brasileiros
- Nossos representantes por outro ângulo
Dupla de Karmann Ghia brasileiros, ambos de 1968
Os planos de crescimento da VW no Brasil fizeram com que a montadora resolvesse produzi-lo por aqui. Em 1960 a Karmann abriu a fábrica de São Bernardo do Campo-SP, e dois anos mais tarde o primeiro Karmann-Ghia brasileiro saiu da linha de montagem, muito semelhante ao modelo vendido no mercado europeu.
Até 1967 a motorização era de 1200cc e 36 cavalos. A partir deste ano o motor passou a ser um 1500cc de 44 cavalos. Além disso, o sistema elétrico passou de 6V para 12V, e o desenho das lanternas traseiras foi modificado.
No fim de 1967 foi lançado o Karmann Ghia conversível, que atualmente é um dos automóveis brasileiros mais raros e valorizados no meio antigomobilista. Foram produzidas apenas 177 unidades – uma delas você vê a seguir.
Em meados de 1969 ocorreu o aumento da bitola traseira e do corte dos paralamas traseiros, o que deixou a roda traseira mais visível.
Em 1970, o carrinho ganhou motor 1600cc de 50 cv – que tinha um torque maior. Um ano depois deixou de ser produzido no Brasil.
- Carrocerias diferentes no mesmo ano e cor
- Irmão Coupe
- Irmão conversível
- Visão da traseira do cabriolet. Apenas 177 produzidos no Brasil
- O caprichado interior do raro conversível
SP2
O modelo esportivo foi desenvolvido pela Volkswagen do Brasil, e vendido entre 1972 e 1976. É sucessor do SP1 (mosca branca de olhos azuis). Seu nome é, supostamente, uma abreviatura de “São Paulo”, porém outras fontes atribuem a sigla a “Special Project” ou “Sport Prototype”. Por causa da baixa potência do motor, alguns maldosamente o apelidaram de “Sem Potência”. O propulsor era o mesmo da Variant, porém aumentado para 1.700cc, atingindo 75 cv a 5000rpm, o que levava o carro a atingir 160km/h. Com cerca de 11.000 unidades produzidas (por volta de 600 exportadas pra Europa), o SP2 é hoje bastante valorizado por colecionadores.
- Design nacional exclusivo
- Objeto de desejo dos colecionadores de VW a ar
- O logotipo do SP2
- A traseiro do modelo de 1973
Puma GTE
Criado por Genaro “Rino” Malzoni, o “mais famoso esportivo made in Brazil” era feito em fibra de vidro, utilizando a confiável mecânica Volkswagen. Foi feito entre 1970 e 1980, tornando-se o modelo de maior volume de produção da marca Puma – 8.705 unidades. O GTE foi baseado no Puma GT, a letra “E” adicionada à nomenclatura significa “exportação” ou “Europa”, segundo diferentes fontes.
- O modelo de fibra de 1979
- O Puma não estava em estado imaculado, mas é bastante representativo no museu
- Adesivo mostra o orgulho de ser brasileiro
Karmann Ghia TC
Uma variação do Karmann Ghia foi o TC (Touring Coupé), fabricado no Brasil entre 1970 e 1976. Foi designado internamente como Type 145. Baseado na plataforma do TL/Variant, sua traseira fastback somada a detalhes dos faróis e pará-lamas o faziam assemelhar-se ao Porsche 911. Foram produzidas 18.119 unidades.
- Considerado o Porsche brasileiro
- Adesivo mostra o orgulho de ser brasileiro
- TC baseava-se na plataforma do TL (seguindo um exemplo do Type 34)
- O Karmann Ghia TC (Touring Coupê) foi apresentado no Salão do Automóvel de 1970
Outros modelos na mostra
Além dos Volks brasileiros, um conversível elétrico (obviamente não é de fábrica), um 71 com rodas modernas e esportivas, um rosa de competição e mais dois exemplares de outra variação do modelo, o raro Type 34, feito a partir da plataforma do Type 3.
- Este conversível é elétrico, porém convertido recentemente
- A traseira do inusitado modelo elétrico
- Rodas modernas. Não faz meu gosto
- Modelo de competição. Chamativo
- Motor 1200, de 1965
- O Type 34 era o mais rápido, luxuoso e caro Volkswagen da época
- Desenhado pelo italiano Sergio Sartorelli, teve poucas vendas
- O interior é inconfundível para um VW anos 60/70
Miniaturas
Juntamente com a mostra especial dos 60 anos do Karmann Ghia, diversas miniaturas estavam expostas no salão.
- Miniaturas também chamam a atenção dos aficcionados visitantes
- Este modelo em escala da famosa Revell deve valer uma fortuna
- Mais miniaturas
- Miniaturas do modelo em pintura saia-e-blusa, em sequencia
Chegamos ao fim da nossa visita ao AutoMuseum. A próxima parada é na gigante Autostadt, a cidade do automóvel. Acompanhe na sequencia da visita de O Retrovisor a Wolfsburg.
Ida a Wolfsburg 5/10 | Autostadt - A cidade do automóvel - O Retrovisor
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